Desde o momento em que avistei NY pela janela do ônibus neste último sábado, tenho tentado descrever o que me acometeu, a despeito de todo senso comum, ou mesmo de todas as besteiras que se reproduzem sobre este lugar. Não era simplesmente a sensação de estar em um lugar muito conhecido, ou em um lugar muito movimentado, diversificado, histórico, bonito, sujo, confuso, vigiado, etc. Que NY é uma cidade do planeta, todo mundo já sabe, uma cidade que transparece todo tipo de expectativas, cada esquina é um pedaço do mundo, todos estão um pouco em casa e também um pouco em lugar nenhum. Mas alguma coisa que ainda me escapa me atravessou quando andei por ali. Não sei se era um pouco o medo de tudo, misturado com curiosidade, perplexidade, não sei... Seria o caso talvez de investigar atividades magnéticas sob a ilha de Manhattan, tópicos conspiratórios da Nova Ordem, ou a presença de efeitos parapsicológicos.
A cidade nem é assim tão bonita, e na verdade, o roteiro turístico convencional é bastante desconfortável, o tempo todo tudo está lotado, correria, empurra-empurra, fotos e mais fotos, crianças gritando em todos os idiomas possíveis, etc. Tudo bem, o museu de história natural é muito bacana, mesmo cheio, e você jamais poderia visitar todo o museu em um único dia com atenção (acho que são 5 andares). O Central Park é gigante e muito bonito, apesar da maratona ininterrupta de pessoas. Há ainda todos os tipos de bares, butecos, pubs e restaurantes que você quiser encontrar. Conhecer os bairros e andar pelo metrô também é uma aventura que compensa o cansaço e a confusão. O tempo todo que eu andava no metrô me lembrava de um filme que curtia muito quando era criança, o The Warrios. Fui no The Bronx, Harlem, Chinatown, Little Italy, e Soho.
Quando você anda pela Times Square, entretanto, parece que está seguindo uma procissão apocalíptica. É assustador! Parece que os anúncios luminosos, telões, bonecos, e as músicas, são demônios conduzindo e aterrorizando uma multidão de condenados.
Levei minha experiência ao extremo, quando no meio da madrugada, sem acesso ao albergue no Brooklin, decidimos trocar uma longa e cara jornada para a cama, por uma noite the warriors. Quando o último buteco finalmente fechou, caminhamos por uma hora mais ou menos perdidos no bairro Chinatown, onde não dava pra ler nem as placas, tudo fedia a peixe, e a qualquer momento seríamos notados pela máfia. Acho que nossa pinta de bandido estrangeiro contribuiu um pouco para nossa segurança também. Depois disso, foram umas 2 horas de cochilo no metrô, e mais umas 3 horas de repouso no Central Park, no estilo mais punk possível. Um café da manhã na StarBucks, escovar os dentes, e pronto pra mais um dia de caminhada até as 20 hrs, quando pegamos o Peter Pan (isso mesmo, o nome da viação que liga Providence com NY, a Terra do Nunca) de volta para Providence.
Devo dizer que gostei muito, talvez mais como experiência antropológica, mas gostei. New York não é um resort, não é pra ficar de chinelos e beber suco no canudinho, sob vários aspectos é o lugar mais esquisito que eu já fui, mas é bem legal. E tirei fotos de lugares bem bonitos também.
onde está Wally?
Museu de História Natural
Sequoia gigante de 550 a.c a 1800 e alguma coisa.
Biblioteca de NY
Times Square
Memorial Word Trade Center e escombros do 9/11
NY Film Festivals
Estátua da Liberdade
Procurado vivo ou morto
2 comentários:
ai sim, boa estoria.
Aproveita tudo!
Primeiro mundo é pra poucos e bons...Parabéns você é merecedor!
Bjs
Postar um comentário